segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O Perfeito das Imperfeições


Em algum lugar um relógio está ticktackeando para a nossa história começar a ser escrita, a cada baque do ponteiro meu peito se anseia, eu poderia fazer qualquer coisa por você.
A janela estava quase congelada pelo frio, eu devaneava sentado enquanto te via pelo vidro, não sei quanto tempo se passou desde que saiu. Neste ponto minha alma se tornou tão flexível a ti, a minha sanidade se foi quando sua voz me disse “Adeus”.
Novamente ela começa a cair, fria e imponente como sempre, se estendendo por todo o campo de neve. A chuva deixara a casa silenciosa, apenas o barulho das gotas caindo nas paredes de madeira. O frio começava a me tomar e os pensamentos voam para os minutos que se passaram, sua presença me deixava quente, não me importaria se estivesse no gelo contanto que apenas pudesse segurar sua mão.
Precisamos de um novo parágrafo, quando irá voltar? Peço-lhe um favor, traga de volta as cores dos olhos, sinto falta dos tons seus.
O barulho na madeira já não é mais da chuva, apenas e somente das minhas lágrimas. O relógio parou e você está lá fora ainda, neste imenso campo de branco onde apenas existe uma casinha de madeira, o perfeito das imperfeições.

 D Luppus

Nenhum comentário:

Postar um comentário